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Terça-feira, 30 de julho de 2019

Evento teve a participação de entidades estudantis e sindicais, como a ADUFRGS.

Giliane Greff 

 

A reitoria da UFCSPA realizou reunião, na manhã desta terça, 30, para debater os impactos do Future-se, apresentado aos reitores e à sociedade no último dia 17, em Brasília. Estudantes, docentes, servidores e pró-reitores opinaram sobre a melhor forma de enfrentar o programa.

A reitora da UFCSPA, Lucia Pellanda, explicou que a universidade tem se debruçado sobre os pontos do programa e vai realizar uma reunião aberta do CONSUN (Conselho Universitário), no próximo dia 5 de agosto, para elaborar um documento com a posição oficial da instituição sobre o tema. Segundo ela, além de uma consulta pública na internet, a própria universidade precisa responder formalmente ao MEC até o dia 7 de agosto. “O prazo é muito curto, por isso precisamos traçar estratégias de comunicação eficientes, para que a sociedade entenda o que está por trás desse programa”, explicou. 

Para o vice-presidente da ADUFRGS, Lúcio Vieira, não se trata de defender uma universidade, mas sim a educação pública e o próprio patrimônio da sociedade. Para o Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação, em 13 de agosto, o Sindicato está sendo organizado um ato, na UFCSPA, às 10h, com a participação de reitores, docentes e representantes do movimento sindical, entidades estudantis.  Ele destaca que “será um evento para além da universidade”, por isso também estarão presentes representantes da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação Mães e Pais pela Democracia, o Ministério Público Federal (MPF), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre outras. “Não são só os reitores e estudantes que precisam defender a universidade e sim toda sociedade”, afirmou. 

Para Lucio, desde o início do ano, o governo federal vem realizando uma campanha crescente de desprestigio das universidades, “tentando mostrar para sociedade que a universidade é um gasto exagerado e cortando recursos importantes”.   
O sindicato também está pressionando a bancada gaúcha para que seja realizado um evento, com a participação de todos os deputados gaúchos, reitores e movimentos sindicais, para debater os impactos do programa, já que o governo pretende enviar o projeto de lei ao Congresso no mês de setembro. 

O tesoureiro da ADUFRGS, Vanderlei Carraro, presente à reunião, destacou que um dos principais problemas que o programa apresenta é a perda da autonomia universitária. Segundo ele, “ainda teremos alguns embates pela frente, por isso, a importância da unidade de todos nesse momento”.