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Quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, Darci Campani, participou do debate

Texto e fotos: Aline Adolphs

O Diretório Acadêmico da Comunicação (Dacom) e o Centro Acadêmico da Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia (Cabam) da Ufrgs promoveram um debate sobre o programa Future-se nesta quarta-feira, 18 de setembro, na Fabico. O vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, Darci Campani, representou o sindicato na mesa do evento. “O momento é de avaliação do Future-se, mas temos que reafirmar aquilo que já temos de acúmulo de discussão, as nossas propostas concretas de universidade”, iniciou Campani.

“Analisar o Future-se sozinho é um erro. É preciso analisar o projeto dentro de uma conjuntura política. O objetivo deste governo é privatizar tudo”, ressaltou o vice-presidente da ADUFRGS. O centro da questão, segundo ele, é a entrega da administração das universidades a organizações sociais. “Mas essa não é uma política que está sendo implantada agora. Estas OSs já estão atuando nas gestões de órgãos públicos na saúde e em unidades de conservação, por exemplo. É uma política que destrói o serviço público”, definiu.

Direcionado aos estudantes, o debate contou com representantes da UNE, Naiady Barboza, da UEE, Gerusa Pena e Ana Paula Santos, do DCE da UFRGS, além da vice-diretora da Fabico, Ilza Girardi. Todas ressaltaram os retrocessos vividos pela educação, principalmente no último ano, com os cortes de verbas para ensino e pesquisa. “Aqui na Fabico já tivemos redução de seguranças, faxineiras e uma aluna minha, bolsista, nem assumiu este ano porque teve a bolsa cortada”, exemplificou Ilza.

Para as representantes dos estudantes, o governo erra em não ouvir a Academia sobre uma proposta tão importante para os rumos do ensino superior. “Construíram um projeto sem a participação dos principais interessados e em um péssimo momento”, avaliou Gerusa. “O Future-se não cita a expansão do ensino superior, não fala de assistência estudantil e nem da interiorização do ensino. Nosso sonho intenso, como diz o Hino Nacional, não cabe dentro dele”, pontuou Naiady. “Nossa única possibilidade de manter o que conquistamos até hoje é com a nossa mobilização. Todo mundo precisa participar desse debate”, convocou Ana Paula.