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Quinta-feira, 03 de outubro de 2019

Estudantes, docentes e técnicos montaram estandes de serviço e de informação

A UFRGS foi para as ruas na tarde desta quarta-feira, 2, no primeiro dia das #48HorasPelaEducação, convocada por estudantes de todo o país em defesa da Educação e da Ciência. Em Porto Alegre, a UEE e a UNE, juntamente com docentes e técnicos da UFRGS, montaram estandes no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público, para oferecer serviços e prestar informações a quem passava pelo local.

Gerusa Pena, presidente da UEE, explicou que no RS, as #48HorasPelaEducação serão dois dias de mobilização e conversa com a comunidade sobre o que acontece dentro da universidade. “Queremos mostrar para a população o que é produzido nas universidades e como isso muda a vida e o modo como a gente enxerga a sociedade hoje. Este é o nosso pedido para a população: que defenda a universidade”, disse, lembrando que defender a universidade é defender a pesquisa e a Ciência no país. “Por isso somos contra os cortes na Educação”. 

Só este ano, o governo federal cortou 30% do orçamento das federais. E a previsão para 2020, vai fazer o MEC regredir 10 anos na disponibilidade de recursos. Os R$ 15,73 bilhões previstos para investimentos e despesas cotidianas – energia, segurança, alimentação, transporte – são equivalentes ao investido no ano de 2010: R$ 15,33 bilhões. Os reitores das federais do estado já afirmaram que se o orçamento não for recomposto, as universidades e institutos podem não terminar o semestre.  

Por isso, os docentes estão nas ruas, afirmou o vice-presidente da ADUFRGS, Darci Campani. Além de buscar o apoio da população para a defesa da Educação Pública, a mobilização alerta sobre os riscos dos cortes para a universidade, sem dúvida, mas para o desenvolvimento do país. “Não há país soberano sem produção de conhecimento”, afirmou Campani. “O problema do contigenciamento é que ele vem junto com a Emenda Constitucional 95, que congelou os orçamentos numa conjuntura muito ruim. Vamos praticar um orçamento que já não era viável com mais esse novo contigencimento”, explicou. Por isso, disse, o anúncio do descontingencimento de parte do orçamento das universidades feito pelo MEC na segunda-feira, 30, “é um jogo do governo. É uma disputa política. Mas a universidade não deveria estar fazendo disputa política com o governo. Nossa função é ensinar, é gerar tecnologia. Um governo sério nos deixaria trabalhar”. 
Nesta tarde, a UFRGS ofereceu medição de pressão e glicemia, além de apresentar dezenas de projetos de extensão da universidade.

Gabriela Silveira, vice-presidente Sul da UNE, disse que mobilização hoje é uma grande exposição da universidade na rua. “Trouxemos aqui nossos projetos de extensão e de pesquisa para dizer para o governo Bolsonaro, para o ministro da Educação que quando, eles cortam verba, quando apresentam o projeto Future-se é para acabar com tudo isso aqui. A balbúrdia que a gente produz na universidade é 95% da pesquisa brasileira, é produzir o futuro do nosso Brasil”.
A mobilização continua nesta quinta-feira, 3, com grande ato na Esquina democrática às 17h30.


 

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