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Sexta-feira, 04 de outubro de 2019

Evento integra o 14º Ciclo de Conferências Estudos Avançados em Ciências e Humanidades e tem apoio da ADUFRGS-Sindical.

Texto e fotos: Daiani Cerezer

No painel de abertura do Seminário “China: 70 anos de profundas transformações”, que integra o 14º Ciclo de Conferências Estudos Avançados em Ciências e Humanidades do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados (ILEA), Liu Zhiming (Instituto Confúcio da UFRGS), Joaquim Monteiro (doutor pela Universidade de Komazawa/Japão) e Celso Marques (Colégio de Aplicação da UFRGS) exploraram o tema “A Cultura Milenar da China”. Evento aconteceu na terça, dia 1º, na sala 2 do Salão de atos da UFRGS.

Zhiming falou sobre o processo de unificação chinesa, abordando o sistema político, aspectos culturais, sociais, econômicos e militares. Monteiro, filósofo e monge budista, pontuou os desafios que a modernidade ocidental apresenta ao budismo e o filósofo e ambientalista Celso Marques discorreu sobre o encontro com o budismo como um novo renascimento ocidental.

Liu Zhiming (Instituto Confúcio da UFRGS)

Joaquim Monteiro (doutor pela Universidade de Komazawa/Japão)

Segundo Marques, o redescobrimento da filosofia asiática, e particularmente da tradição budista, constitui um segundo renascimento na história cultural do ocidente, com o potencial para ser igualmente importante no redescobrimento do pensamento grego no renascimento europeu. “As histórias ocidentais da filosofia, que ignoram o pensamento indiano, são artificiais, pois e Índia e a Grécia compartilham de um legado linguístico indoeuropeu, assim como muitas preocupações culturais e filosóficas”, argumentou. 

Da esquerda para a direita, Celso Marques (Colégio de Aplicação da UFRGS), Bernadete Menezes (presidente da ASSUFRGS) e 

Miguel Frederico do Espírito Santo (IHGRGS)

Bernadete Menezes, presidente da ASSUFRGS, coordenou o debate ao lado de Miguel Frederico do Espírito Santo (IHGRGS). Ela destacou que o seminário cumpre alguns objetivos, “porque precisamos discutir a China praticamente de forma obrigatória”. Afinal, ressaltou, “a China é o país que mais compra os produtos brasileiros, quase o dobro do que é consumido pelos EUA”. Lembrou, ainda, que os impactos da crise do capitalismo em 2008 foram amortecidos pela economia chinesa e que “precisamos saber para onde vai a China, qual é o futuro”.

Na sequência do Seminário, os professores Paulo Visentini (ILEA/UFRGS) e Diorge Konrad (UFSM) apresentaram o painel “Revolução chinesa”.

Próximos debates

Promovido por 21 entidades, entre elas a ADUFRGS-Sindical, o evento é dividido em quatro conferências. No dia 7, o tema em debate é “As profundas reformas econômicas pós-década de 70”. A palestra será realizada no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Av. João Pessoa, 52), com participação de Cláudio Puty (UFPA), Analucia Danilevicz (UFRGS) e Raul Carrion (Fundação Maurício Grabois/RS).

O último painel, sobre o tema “A China Hoje – O BRICS e a nova rota da seda”, acontecerá no dia 10 de outubro, às 18h30, no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Av. João Pessoa, 52). Gaio Doria (Renmin University of China), Vitor Alessandri (ESPM) e José Vieira Loguércio (Fundação Maurício Grabois -RS) serão os conferencistas.

Todas as conferências têm entrada gratuita. Inscrições aqui. Haverá transmissão ao vivo pela página do ILEA.