Nova diretoria quer integrar os associados ao dia do sindicato.
Um sarau com música, poesia e literatura foi a homenagem da ADUFRGS ao Dia do Servidor Público. A atividade, realizada na terça-feira, 29, faz parte de uma série de eventos que a nova diretoria programou realizar para integrar os associados ao dia do sindicato.
Saraus, seminários, confraternizações, palestras e debates devem ser intensificados nesta gestão, eleita em agosto deste ano para comandar o sindicato até agosto de 2022.
“Essa interação entre nossos sócios e a diretoria é fundamental para fortalecer a luta dos docentes. Nesse Dia do Servidor Público decidimos fazer essa singela confraternização com música, poesia e literatura porque os docentes merecem”, disse o presidente da ADUFRGS, Lúcio Vieira durante o sarau.
Os músicos Sema Gorini (cantora) e Carlos Alexandre Rodrigues (voz e violão) deram o tom do sarau, com jazz, soul e música popular brasileira.
Poesia e literatura
A diretora de Comunicação, Sônia Ogiba, e a 1ª secretária da ADUFRGS, Luciana Boose, abriram o sarau. “Recuperar o valor social do servidor público é nossa missão como sindicato nesses tempos sombrios em que vivemos”, refletiu Sônia. E, acrescentou: “nada mais sensível, e político, do que o gesto de nos reportarmos à poesia e à literatura”, pela potência que a arte possui de expressar questões sociais e humanas. Declamou “Canção funcionária mineira”, texto inédito preservado no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, de Carlos Drummond de Andrade, poeta modernista brasileiro, nascido em Itabira, Minas Gerais, que também foi servidor público ao longo de sua vida, e nasceu em 31 de outubro de 1902, mês em que se celebra o 117º de seu nascimento. Luciana leu o poema do espanhol Antonio Machado, Caminante no hay caminho.
A associada Maria Cristina Martins fez uma breve exposição sobre as Epístolas de São Jerônimo, que virou santo porque foi o primeiro tradutor da Bíblia do hebraico para o latim.
Sônia Ogiba ainda leu o poema Tecendo a manhã, do poeta João Cabral de Melo Neto, poeta também integrante do modernismo brasileiro, nascido no ano de 1920, em Pernambuco, Recife. Tecendo a manhã, acrescentou “é um poema que trás a forte imagem da força de uma ação coletiva plena de esperança na construção do cotidiano” associando a ação sindical a essa imagem poética. Ela encerrou o evento com a leitura do poema O menino que ganhou um rio, do poeta Manoel de Barros, extraído da trilogia Memórias inventadas - A Terceira Infância e ilustrado por sua filha Martha Barros. Para Manoel de Barros, acrescentou, “as palavras têm seu valor de simplesmente encantar”.