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Quinta-feira, 05 de dezembro de 2019

Lúcio Vieira participou de reunião sobre alterações no plano de carreira do magistério, nesta quarta-feira

O presidente da ADUFRGS-Sindical, Lúcio Vieira, representou o sindicato nesta quarta-feira, 4 de novembro, em reunião na Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre sobre alterações no plano de carreira do magistério público estadual, no estatuto do servidor público do Estado e na Previdência Estadual. A proposta, considerada prejudicial pelos servidores, é um dos motivos da greve do funcionalismo público que já dura três semanas.


Para Lúcio Vieira, o governo estadual deveria criar uma comissão de negociação urgente para resolver o problema. “Uma das estruturas do Estado mais importantes para superar as desigualdades sociais e para a construção de um projeto estratégico de desenvolvimento é o ensino. Os professores estão há 50 meses com os salários atrasados, amargando uma ameaça gigantesca de modificação do seu plano de carreira, na terceira semana de greve, e o governo não toma uma iniciativa. É de uma irresponsabilidade assustadora e mostra o desinteresse com o social”, ressaltou.


O presidente da ADUFRGS também reafirmou o apoio da entidade ao CPERS-Sindicato. “A situação é grave. Estamos juntos com o CPERS, apoiamos essa luta e apelamos aos vereadores que apóiem também”, completou.


Durante a reunião, a presidente do CPERS-Sindicato, Elenir Aguiar, apresentou uma moção de apoio às reivindicações dos professores, que já foi aprovada em quase 300 câmaras de vereadores de todo o estado. Para ela, as mudanças no plano de carreira, que propõem, entre outras coisas, a redução do percentual de aumento salarial de 18% para 7% para quem investe na formação, podem causar um retrocesso. “Hoje, o Rio Grande do Sul é o estado que mais tem professores graduados e pós-graduados. Com a proposta do governo, quem vai querer se qualificar? Ela desestimula os professores a buscarem a qualificação. Isso é gravíssimo”, alertou.


A reunião foi coordenada pelo vereador Engenheiro Comassetto (PT) e contou com a presença dos deputados Cassiá Carpes (PP) e Alvoni Medina (REP), que assinaram a moção de apoio à greve. Participaram, também, representantes do Simpa, Simpro, ASJ-RS, Atema, Sintergs e UJS.