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Terça-feira, 03 de março de 2020

Decisão final será por consulta eletrônica submetida a toda a categoria.

Em assembleia realizada nesta terça-feira, 3 de março, os associados da ADUFRGS-Sindical decidiram apoiar a greve geral dos servidores marcada para o dia 18 de março. A aprovação foi unânime entre os presentes, que lotaram o auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS. A partir de agora, a decisão será submetida a todos os associados por consulta eletrônica no site da ADUFRGS até o próximo dia 11, às 18 horas.



Além disso, a assembleia decidiu que os aposentados não participam desta consulta, por se tratar de paralisação. Ou seja, apenas os docentes ativos deverão votar na área do associado: https://adufrgs.org.br/area-de-associado/  e responder “sim” ou “não” à pergunta:

“Os docentes vêm sofrendo perdas salariais, mudanças quanto à aposentadoria e a ameaça de cancelamento de promoções e progressões na carreira, além da iminente realidade de corte salarial e fim da estabilidade. Além disso, as universidades públicas e institutos federais estão sob ataques constantes no que se refere, principalmente, à autonomia e ao corte de recursos. Diante desse quadro preocupante, a Diretoria, o Conselho de Representantes da ADUFRGS-Sindical e a Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 03 de março último, indicam a adesão à greve do dia 18 de março em defesa da Educação Pública em todos os seus níveis e do Serviço Público. E, democraticamente, perguntam: você é a favor da greve do dia 18 de março?” 

Confisco de salários, corte de orçamento e outras ameaças

Na abertura da reunião, o presidente do Sindicato, Lúcio Vieira, fez um panorama das perdas que os professores já sentiram no contracheque de janeiro, com o aumento da alíquota da contribuição previdenciária, ao que chamou de “confisco”; a ameaça de corte de 25% nos salários e de cancelamento das progressões e promoções. Ele lembrou que a PEC 186/2019, que tramita no Congresso Nacional, a “PEC Emergencial”, limita os gastos com o pagamento do funcionalismo e que o orçamento aprovado para a UFRGS este ano não cobre todas as despesas com pessoal. “A PEC é uma autorização para que o governo corte os nossos salários, é uma ameaça real de corte de 25%”, completou.

O presidente da ADUFRGS citou, ainda, a Medida Provisória 914/2019, que determina como será a escolha dos reitores das universidades e institutos federais. “Absurdamente, ela ultrapassa todos os limites do debate acerca da autonomia das instituições, que está no Congresso Nacional”, frisou. 

Sobre a defesa da greve, indicada pela Diretoria e pelo Conselho de Representante da ADUFRGS, Vieira afirmou que é o momento de ter atenção e agir para garantir o respeito às instituições democráticas. “Nós temos que estar muito atentos ao que acontece no Brasil não só naquilo que nos atinge economicamente, mas por aquilo que nos atinge como cidadãos quando vemos o serviço público ser deteriorado. Portanto, o que estamos colocando em debate é o Brasil em que nós vivemos e o que nós - professores, servidores públicos, cidadãos deste país - estamos dispostos a fazer para este enfrentamento”, concluiu.

Após o encerramento da assembleia, Lúcio Vieira fez um convite aos associados para que votem na consulta eletrônica e reafirmem o indicativo de greve. Assista ao vídeo:
 

 

Assembleia da ADUFRGS 3 de Março

Assembleia para discutir indicativo de greve no dia 18 de março

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