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Terça-feira, 23 de junho de 2020

Sindicato divulgou documentos sobre Ensino Presencial e Ensino Remoto Emergencial

A ADUFRGS-Sindical tem compromisso social com a defesa da vida dos professores e, para além destes, de acadêmicos e servidores de nossas instituições de ensino, sobretudo da saúde em tempos de pandemia. Para isto vem buscando pensar e levantar os quesitos que entendemos fundamentais que devem ser respeitados para uma retomada das atividades presenciais à medida que a COVID-19 diminua a sua curva de contágio e as autoridades sanitárias indiquem que a flexibilização e relaxamento dos procedimentos de distanciamento social se tornem possíveis, ou até mesmo com a adoção das diferentes possibilidades de oferta de educação de forma remota, antes que as atividades presenciais sejam retomadas, com o propósito de mitigar os efeitos da suspensão prolongada do calendário acadêmico dos cursos de graduação.

Neste sentido, a diretoria e o Conselho de Representantes da ADUFRGS-Sindical, instituíram o Grupo de Trabalho denominado GT Retorno, que construiu um documento primoroso com o intuito de colaborar na discussão e busca de um caminho de retomada das atividades pedagógicas. Este documento tem como título “PRINCÍPIOS PARA O FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES DE ENSINO COM A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS SARS-CoV-2, CAUSADOR DA DOENÇA COVID-19” e está à disposição no site do sindicato.

A ADUFRGS-Sindical vem a público apresentar o que entende como quesitos mínimos fundamentais a serem considerados para uma retomada das atividades de ensino, neste período de pandemia, a saber:

  • Somos contra o cancelamento do semestre. Defendemos a recuperação do calendário escolar sem prejuízo aos alunos e reconhecemos que, para isto, muito das rotinas e procedimentos didático-pedagógicos terão que ser reinventados com criatividade e responsabilidade incluindo a dissociação entre o ano civil e o calendário acadêmico;
  • Defendemos o Ensino Remoto Emergencial – ERE – como uma alternativa viável para a retomada das atividades didático-pedagógicas. Sem ferir o princípio constitucional da igualdade, estabelecido no Art. 5º da Constituição Federal; admitindo a possibilidade de oferta assíncrona das disciplinas;
  • Defendemos a busca constante pela garantia de um ensino de qualidade, democrático, plural e inclusivo;
  • Que o retorno das atividades presenciais só aconteça quando houver segurança para toda a comunidade acadêmica, observadas as orientações dos comitês científicos responsáveis de cada localidade, monitorados pelo Sindicato, como preceito legal.

Esta pandemia expôs as condições precárias em que se encontram as Instituições Públicas de Ensino causadas fundamentalmente por cortes contínuos nas suas verbas de custeio e investimentos. Agora que há uma necessidade ainda maior de recursos para adequação de espaços físicos, recursos materiais e pessoal para uma retomada segura das atividades de ensino, esta precarização se torna um entrave mais evidente. Há muito tempo as Instituições de Ensino vêm se reinventando para manter seus altos padrões de qualidade com um profundo comprometimento de seus profissionais – professores, técnicos-administrativos e terceirizados. Não são raras as situações nas quais equipamentos, insumos são providos pelos profissionais.

Neste momento, sem precedentes na história recente da humanidade, será necessário mais um esforço de todos para que sejam minimizados os impactos negativos desta pandemia na comunidade acadêmica e entendemos que os professores não se furtarão deste desafio. Cabe à ADUFRGS-Sindical ficar atenta às condições de trabalho dos professores colaborando de todas as maneiras possíveis para que encontremos soluções que atendam os pontos mínimos aqui explanados.

Contribuição da ADUFRGS-Sindical ao debate sobre o Ensino Presencial

Contribuição da ADUFRGS-Sindical ao debate sobre o Ensino Remoto Emergencial (ERE)

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