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Terça-feira, 08 de setembro de 2020

ADUFRGS e professores da universidade enviaram cartas à Casa Civil, MEC e parlamentares gaúchos pela escolha do atual reitor, primeiro da lista tríplice.

A ADUFRGS-Sindical enviou uma carta aos parlamentares gaúchos, na última semana, manifestando sua posição sobre a escolha do novo reitor da UFRGS. Na carta, o sindicato destaca que “a universidade não pode ter sua direção escolhida por interesses políticos de ocasião”, e que a decisão da comunidade acadêmica no processo de consulta para escolha de reitor, realizado em julho, deve ser respeitada. “Não aceitamos que ingerências políticas externas possam abalar a tranquilidade interna. A UFRGS quer paz interna! Pela nomeação do primeiro colocado na eleição e na lista como Reitor da UFRGS”, descreve o trecho final do documento enviado aos parlamentares. Confira a carta na íntegra.

Outra carta assinada por centenas de docentes e servidores da UFRGS foi protocolada na última quarta-feira, dia 2, na Casa Civil e no Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O documento reforça que a escolha da comunidade deve ser referendada pelo MEC para garantir a “tranquilidade institucional”. “Mais do que uma simples formalidade legal, a lista tríplice tem de ser entendida como um espelho da vontade da comunidade acadêmica da instituição e, portanto, os resultados da eleição têm de ser entendidos como um todo e não apenas como um rol de nomes a serem escolhidos. Por mais que reconheçamos o espírito do processo de uma escolha em lista e de suas consequências, não acreditamos que a realidade institucional e a vontade da comunidade universitária não tenham que ser consideradas, dentro do princípio do Art. 207 da Constituição Federal de 1988”, diz um dos trechos da carta enviada à Casa Civil e MEC. Veja a íntegra da carta.

No último dia 13 de julho, a consulta à comunidade da UFRGS apontou o atual Reitor, Prof. Dr. Rui Vicente Oppermann, como o primeiro colocado no processo. Entre os professores, o atual reitor recebeu o voto de 1454 docentes, de um total de 2569 que votaram, enquanto a profª Karla Muller recebeu 679 votos e o prof° Carlos Bulhões, 436. A posição na consulta foi referendada na eleição no CONSUN, no dia 17 de julho, que deu ao atual reitor 44 dos 77 votos do colegiado máximo. Dessa forma, o Conselho posicionou Rui Vicente Oppermann como o 1° da lista tríplice. A lista foi complementada com os outros dois candidatos na consulta: profª Karla Muller e prof° Carlos Bulhões, respectivamente. Os três nomes foram enviados ao MEC. Cabe agora ao presidente da República fazer a escolha, conforme a lei. A aceitação da chapa vencedora da consulta pelo governo costuma ser vista como um sinal de respeito à autonomia da universidade. Desde a redemocratização, apenas em uma oportunidade o nome mais votado pela universidade não foi aceito, em 1988, quando existia uma lista sêxtupla.