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Sexta-feira, 15 de março de 2019

Diversos eventos devem ocorrer nos próximos dias na luta contra a aprovação da reforma.

 

O ato de lançamento da Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Social ocorreu na manhã desta sexta-feira, 15. A ADUFRGS participou do evento durante audiência pública na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, onde foram debatidos temas referentes à conjuntura socioeconômica, seguridade social e capitalização.  

O assessor de estudos socioeconômicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), Vilson Romero, foi quem abriu a sessão. Ele destacou que o principal objetivo da Frente é lutar pela não aprovação da reforma. “É essencial que possamos fazer um trabalho de forma integrada com a sociedade, pois só assim vamos ter força para esse enfrentamento”, defendeu.

O coordenador do Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência, Cristiano Moreira, enfatizou o momento de retrocessos que o país esta vivendo e a importância de construir um diálogo com o a população. Por sua vez, o presidente do Sindifisco, Claudio Mariano, afirmou que o modelo de capitalização proposto pelo governo “vai destruir a previdência” e que “a palavra correta é calote e não capitalização”.

O risco da retirada dos direitos adquiridos foi esclarecido pelo desembargador Claudio Martinelli, presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência. Ele também criticou o exemplo chileno, que é semelhante ao modelo que o governo Bolsonaro pretende implantar no Brasil e que, desde a sua implantação, vem sendo considerada a causa do grande número de suicídios de idosos registrados naquele país.

Durante o ato, foi aprovada a Carta de Porto Alegre, elaborada pelas entidades que integram a frente. Confira aqui a íntegra do documento.

Na Tribuna Livre, parlamentares e representantes de sindicatos, associações e movimentos sociais pudessem se manifestar. O vice-presidente da ADUFRGS, Lucio Vieira, saudou a iniciativa do vereador Airto Ferronato (PDB), que propôs a Audiência Pública, e destacou a importância de trazer o debate sobre a reforma da Previdência para o âmbito municipal. “É importante que esse tipo de atividade tenha grande repercussão, para que o movimento contra reforma seja fortalecido.”

Lucio citou a experiência desastrosa do modelo previdenciário implantado no Chile e fez um alerta: muitas pessoas, principalmente os aposentados, acham que não sofrerão as consequências dessa reforma, mas não é verdade. Eles terão um gigantesco confisco da sua aposentadoria, pois o simples aumento da alíquota de contribuição já significa isso.

Por fim, ele lembrou que a ADUFRGS também está empenhada em aprofundar o debate sobre as consequências da reforma entre os docentes. No dia 22 de março, às 14h, acontece um painel na Faculdade de Arquitetura da UFRGS e, no dia 27, um seminário para discutir o modelo previdenciário do Chile. O evento ocorre às 9h na sede da ADUFRGS.

Além da ADUFRGS-Sindical, participaram do lançamento, políticos e dirigentes sindicais, representando entidades como ANFIP, Sindifisco/RS, Ajuris, Sindispge/RS, CGTB/RS, Unacon, Apmpa, Agafisp, Abojeris, Sintergs, Sindisprev/RS, CMB, ASJ/RS, Afisvec, Agacor, Asegers, Adpergs, Sinapers, Ceape/TCE, Aspge/RS, Aprojus, e de outras entidades já integradas: Agitra, Sindireceita, Sindifisco Nacional, Anasps, Fetapergs, Aiamu, Apergs, Anpprev, Sinprofaz, Sindfaz, Ugeirm.

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