Desde quando a Adufrgs transformou-se em sindicato vimos crescendo.
Desde quando a Adufrgs transformou-se em sindicato vimos crescendo. São centenas de novos associados. Nossa associação sindical vem se fortalecendo ao longo dos últimos 10 anos, especialmente por conta de uma nova forma de fazer sindicato.
Somos uma instituição voltada às lutas mais candentes dos professores. Em primeiro lugar, está a representação dos professores, as reivindicações salariais e da carreira. Também agimos na defesa da aposentadoria digna e das condições de trabalho. Temos o compromisso solidário com os demais trabalhadores, que atuam nas Instituições de Ensino e, por conta disso, nos associamos às suas lutas. Igualmente estamos irmanados nas lutas da sociedade brasileira em defesa dos serviços públicos gratuitos e de qualidade, pois a educação é parte desses serviços. A negociação tem sido componente fundamental para avançarmos em nossas conquistas. Essa forma de agir vem garantindo excelentes resultados. Temos uma das melhores carreiras do serviço público. Recuperamos nosso poder aquisitivo e, hoje, detemos um salário que se aproxima dos melhores dentre os servidores do executivo com o mesmo grau de titulação. Ainda não estamos onde gostaríamos, mas caminhamos a passos largos na direção correta. Nossa prática sindical repudia fortemente o uso do sindicato para fins políticos partidários. Não nos deixamos levar por bandeiras que não dizem respeito aos interesses inequívocos daqueles que prezam a democracia, bem maior de qualquer sociedade que se quer igualitária.
Estamos na rua neste momento da luta. Ouvidos os professores, por meio da mais ampla consulta, assumimos como nossas as duas greves gerais convocadas, de forma unitária. Assim o fizemos por termos identificado, nas motivações para a sua deflagração, as reivindicações que também nos interessam, como trabalhadores e como cidadãos. Não assumimos as bandeiras de caráter político-partidário, porque respeitamos a diversidade de opiniões presentes no nosso meio. Temos clareza de que o papel do sindicato é absolutamente distinto dos partidos. Temos o compromisso com a democracia, com a luta contra a corrupção, que destrói o setor público, retirando recursos financeiros daqueles que mais necessitam. Papel relevante das instituições federais de ensino, sejam universidades ou institutos federais, é o de contribuir com o desenvolvimento humano e tecnológico do País. Por isso, denunciamos a Emenda Constitucional 95, que congelou os recursos públicos por 20 anos, e lutamos por sua revogação. Protestamos contra os cortes nos repasses de verbas à educação, tema explorado neste número da Adverso. Denunciamos e nos posicionamos contra as contínuas tentativas de reduzir os ganhos dos aposentados e as exigências desumanas para que seja possível alcançar a aposentadoria com dignidade. Combatemos a reforma trabalhista exatamente por aquilo que representa na precarização das relações de trabalho. As crises política, econômica e social vêm se agravando. Tentamos inúmeras vezes estabelecer diálogo com o atual governo, a exemplo do que fizemos com o anterior. Sabíamos das dificuldades, antes e agora. Avançamos nas nossas reivindicações, dada a nossa capacidade de nos mobilizar e pressionar. Conseguimos estabelecer a negociação como prática de ação. Parte da nossa pauta foi consagrada no último acordo firmado com o governo anterior. Isso garantiu reajustes salariais até janeiro deste ano e reestruturação da carreira, com melhorias significativas, a partir de agosto deste ano até agosto de 2019. Mas ainda temos outros pontos a serem negociados. Entre eles, o reajuste necessário para janeiro de 2018. Inúmeras tentativas de diálogo com o governo vêm sendo tentadas. O governo tem se mostrado resistente para avançar. Fortalecer o sindicato, participar dos espaços de debate e de decisão, refutar tentativas de divisão patrocinadas pelos oportunistas de sempre, são algumas das tarefas prioritárias de todos aqueles que têm compromisso com nossas lutas.
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