Notícia

Ampliar fonte

Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Professora pesquisa doenças genéticas e é uma das convidadas do Conversas na ADUFRGS no próximo dia 12

A ADUFRGS-Sindical está em plena campanha em defesa da Ciência e da Educação. Uma das ações são eventos que reunirão pesquisadores de diferentes áreas para debater a aplicação das ciências no dia a dia. Com o mote Precisamos falar de Ciência, o sindicato realiza a primeira edição de Conversas na ADUFRGS, na próxima quarta-feira, 12, às 14h, na sede (Rua Barão Amazonas, 1581). 

Um das convidadas é a professora de bioquímica da UFRGS, Maria Luiza Saraiva Pereira, que vai falar sobre suas pesquisas com doenças genéticas. Ela estuda o comportamento dessas enfermidades para ajudar os pacientes a terem melhor qualidade de vida, com um foco bastante específico para quem não é da área, a interação entre a bioquímica e a genética, com ênfase na neurogenética. 

Maria Luiza explica que muitas dessas doenças causam problemas neurológicos que reduzem movimentos, causam problemas para deglutir, entre outros efeitos. "Estudamos como essas doenças afetam determinados pacientes, como elas se desenvolvem, como variam entre os portadores. E estamos também sempre atrás de uma possível cura", diz. 

Para a professora, a ideia de um evento que reuna diferentes áreas do conhecimento - ela compõe a mesa com o Engenheiro Civil, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho da UFRGS - é uma oportunidade de conhecer outros campos e tentar aproximar o público, que não é necessariamente ligado às universidades, ao que acontece nos laboratórios e salas de aula.   

"A Ciência está presente em todos os lugares a todo momento e ela é bastante dinâmica, cada vez mais, produzindo muitos resultados. Esse resultado é uma junção de várias pesquisas, como peças de um quebra cabeça que unidas formam uma figura, é resultado de pequenas conquistas de grupos, às vezes bem diferentes, que vão construindo esse conhecimento ao longo do tempo".

Como a Educação e a Ciência estão sob forte ataque e conhecimentos universais sendo colocados em xeque, como o formato do planeta Terra, por exemplo, Maria Luiza opina que "se por um lado é uma pena que a gente tenha que voltar a comentar o quanto são importantes a Educação e o desenvolvimento de Ciência, por outro, é uma oportunidade de dialogar", defende. "Esse diálogo pode ajudar a desmistificar determinadas crenças. É o momento da gente começar a conversar e trazer todo mundo, não só os pesquisadores ou pessoas ligadas às instituições de nível superior, mas qualquer pessoa para conversar". 

Assista à entrevista com a professora Maria Luiza: