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Quarta-feira, 21 de julho de 2021

O ministro nega a existência dos fatos e reforça que a imunização completa não pode ser condição para a retomada das aulas presenciais.

A ADUFRGS-Sindical, como tem reiteradamente se pronunciado neste período, manifesta-se contrária ao pronunciamento do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que em rede nacional de rádio e TV, dia 20 de julho, defendeu a volta das aulas presenciais em todo o País sem a imunização completa. O mesmo mostra claramente sua adesão às teses negacionistas, pois propõe o retorno, mesmo com a experiência que alguns governos estaduais já sofreram, de determinarem a volta, sem a completa imunização e terem que cancelar, após poucos dias de aulas e o aumento da incidência do Covid-19 em professores, alunos e servidores. O ministro nega a existência dos fatos e reforça que a imunização completa não pode ser condição para a retomada das aulas presenciais.

O Ministro considera que o retorno ao ensino presencial é uma necessidade urgente, mas no seu pronunciamento apresenta como único fato realizado pelo Ministério, em maio de 2020, a composição de uma Comissão, nada de concreto desenvolvido. Nenhuma medida que garanta a segurança sanitária da comunidade escolar foi desenvolvida pelo Ministério. O ministro da Educação tardiamente diz que solicitou ao Ministério da Saúde que os profissionais de educação fossem prioridade na vacinação. No entanto, até o momento o processo de imunização nos estados ainda não foi concluído nas duas doses, com a primeira dose de vacina não garante proteção. 

No pronunciamento, o ministro citou basicamente que teria tomado providências, junto aos governos estaduais, para garantir a volta às aulas presenciais no ensino fundamental, omitindo que ele é o gestor mor do Ensino Superior, para o qual apenas baixou a cabeça diante do corte de orçamento das IFES.

Além de reafirmar a política negacionista do governo federal que não preserva a vida dos brasileiros(as), Milton Ribeiro reiterou seu descaso com a educação pública gratuita e de qualidade. Foi favorável à Emenda Constitucional 95 que limita o teto de gastos públicos dos três poderes por 20 anos, inviabilizando o orçamento do MEC e o ensino em todo o País.

Infelizmente, a política negacionista do governo federal resultou na morte de mais de 500 mil pessoas por Covid-19. A ADUFRGS-Sindical responsabiliza o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelas futuras mortes que possam vir a acontecer, se ocorrer o retorno ao ensino presencial sem os devidos protocolos de segurança, que implicam na imunização completa da comunidade escolar.

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