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Terça-feira, 02 de junho de 2020

Nota fala sobre ensino a distância e complexidade para retorno das atividades

A Reitoria e o Comitê de Operações Estratégicas (COE) estão em alerta constante para a situação epidemiológica e para o posicionamento das autoridades sanitárias e dos poderes municipal, estadual e federal. 

A partir do início da situação de excepcionalidade, já começaram a ser levantados quais seriam os critérios para o retorno das atividades. O COE, as pró-reitorias e diversos setores vem estudando e avaliando a viabilidade e a segurança de cada critério e de cada medida, incluindo as condições de espaço físico e disponibilidade de equipamentos e pessoal para manter as recomendações de distanciamento físico e biossegurança que seriam necessários para o desenvolvimento de atividades presenciais ou remotas.

A possibilidade de ensino a distância está sendo avaliada pelas pró-reitorias de graduação, pesquisa e pós-graduação e planejamento, coordenações dos cursos e departamentos acadêmicos, mas há 3 obstáculos principais no nosso caso: 

1) Proporção muito grande de aulas práticas, já que todos os cursos são relacionados à saúde, 

2) Dificuldade de acesso à internet ou a equipamentos adequados por parte dos estudantes; 

3) Significativo número de docentes e técnicos envolvidos em ações de enfrentamento da pandemia.

O planejamento é de que esta discussão, iniciada em maio, seja feita ao longo do mês de junho nas diversas instâncias, incluindo momentos entre pares e no conselho universitário, embasada nos resultados da pesquisa realizada com a nossa comunidade sobre as condições de saúde e recursos disponíveis para realização de atividades remotas. 

Atividades de capacitação docente em EaD estão sendo oferecidas pela Prograd desde o dia 11 de maio e se estenderão ao longo das próximas semanas.

Para o retorno das atividades presenciais, a complexidade é muito grande, pois há vários fatores a considerar, entre eles:

1) Número de servidores e estudantes com fatores de risco ou que moram com pessoas com fatores de risco;

2) Limitação extrema de espaço físico, o que dificulta muito o distanciamento;

3) Particularidades de cada curso, diretrizes curriculares e outras normativas.

4) Condições dos locais de prática, já que a maioria dos estágios é realizada em serviços de saúde que liberaram os estudantes por, naquele momento, as condições não serem ideais para os estágios. Estamos em contato constante com esses serviços para atualização das informações, mas nesse momento, muitos estágios permanecem suspensos por tempo indeterminado em vários serviços de saúde;

5) Necessidades de EPIs e garantias de segurança para os estudantes e servidores nesses locais de prática e na própria universidade. O LIPECIN está produzindo face shields para profissionais de saúde na linha de frente, e está planejando a produção interna, assim como há várias iniciativas da comunidade para produzir e doar máscaras de pano. O laboratório do curso de Farmácia está produzindo álcool gel para o SUS; mas também há planejamento de produzir parte para a utilização na própria universidade. Solicitamos a ajuda de quem puder colaborar nessas iniciativas. 

6) Circulação cruzada entre a universidade e os diversos serviços de saúde, o que torna mais complexa a liberação de atividades presenciais;

7) Fatores externos, como a necessidade de transporte público e o grande número de estudantes de outros municípios e estados, que terão que se deslocar submetendo-se ao risco da viagem e que poderão, inclusive, vir de regiões onde há surtos ou situações de menor controle da pandemia.

8) A evolução das condições epidemiológicas no estado e no país pode levar a uma nova necessidade de fechamento se houver retorno precoce.

A UFCSPA está voltada ao enfrentamento da pandemia relacionada ao COVID19, realizando mais de 100 ações neste momento. Desde a suspensão do calendário acadêmico em 16 de março, a universidade tem promovido inúmeros momentos de discussão com a comunidade, e todas as decisões estão sendo tomadas com cuidado, a partir da escuta e da avaliação dos dados, e sempre priorizando a segurança e a saúde da comunidade interna e da sociedade como um todo. 

Por todo o exposto, as aulas e outras aglomerações continuam suspensas por tempo indeterminado. Quando for deliberada a volta gradual, após discussão em todas as instâncias citadas, esta será amplamente divulgada para a comunidade com antecedência mínima de 15 dias.

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