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Quarta-feira, 07 de julho de 2021

“A medicina popular vem contribuindo para a Fitoterapia e Farmacologia brasileira” destacou a professora e palestrante Ingrid de Barros.

Na última quinta-feira, 01 de julho, o Encontro com aposentados da ADUFRGS-Sindical trouxe como tema “Plantas medicinais, cultivo e usos”.  A live transmitida ao vivo pelo YouTube e Facebook do sindicato teve como palestrante a professora aposentada Ingrid Bergman Inchausti de Barros, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e como mediador, o médico Cesar Paulo Simionato da Universidade Federal de Santa Catarina.

O encontro é iniciativa da ADUFRGS e do Núcleo Multiatividades do sindicato coordenado pelo professor aposentado Otto, que na ocasião, fez a abertura da live. Otto destacou que o tema sobre as plantas medicinais contribui com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos aposentados/as e população em geral.

A diretora de comunicação da ADUFRGS-Sindical, Sônia Mara Ogiba, também acompanhou o Encontro com aposentados.

O médico e mediador da Live Cesar Paulo Simionato destacou que “80% da população brasileira e mundial utiliza a planta medicinal como tratamento único ou tratamento associado a outros medicamentos”. “Trabalhamos este tema em uma disciplina específica na UFSC para capacitação de profissionais ao uso adequado de plantas medicinais e à formação de farmácias vivas”, salientou. “Além desta disciplina, atuamos junto às unidades de saúde de Florianópolis capacitando médicos, farmacêuticos para a utilização das plantas medicinais como tratamento terapêutico”comentou.

Cesar reforçou que é essencial o cuidado com a vida. “Nosso corpo necessita de água pura e alimento de qualidade. Somos uma associação de entidades vivas. É importante evitarmos o consumo de substâncias que afetem nossa flora intestinal. O intestino é o nosso segundo cérebro e influencia nossos pensamentos”, observou.

Em sua explanação, a professora e palestrante Ingrid de Barros explicou as formas de cultivo e o uso adequado das plantas medicinais tanto nos jardins como em vasos. “As plantas são indicadas como alimento, são protetoras e podem nos ajudar a ancorar a cura e a espiritualidade”, enfatizou.

Ingrid referiu que “tendo em vista a biodiversidade, existe uma variedade de plantas validadas pela ancestralidade e muitas delas estão inseridas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS) para o tratamento fitoterápico”. Segundo ela, a medicina popular vem contribuindo para a Fitoterapia e Farmacologia brasileira.

A professora explicou o cultivo das plantas baseado na trajetória humana e nos elementos terra, fogo, água, ar e semente. “Precisamos trazer a natureza para dentro de nossas casas para fazermos a reconexão com a vida”, afirmou. “Na agricultura orgânica, o solo é concebido como organismo vivo e necessita de ar, alimento e água. O trevo vermelho, por exemplo, disponibiliza nitrogênio ao solo. As plantas precisam respirar e são responsáveis por gerar oxigênio no Planeta”, ponderou.

Como planta quebra vento, a professora citou o eucalipto e a moringa. Ela recomendou que as plantas devem ficar longe das lareiras, churrasqueiras e ar-condicionado. “Assim como a humanidade, a plantas precisam de água, que está cada vez mais rara e mais cara. A moringa e aguapé são biorremediadoras e possuem excelente características terapêuticas e nutricionais, são anti-inflamatórias e boas para curar resfriados”, indicou.

Ingrid também transmitiu dicas de cuidados com a plantas como molhá-las com água da chuva. Além disso, mencionou algumas plantas e suas propriedades. “O açafrão da terra gosta de lugares úmidos e tem uma ação anti-inflamatória e antirreumática. O lírio do brégio é bom para curar resfriados”, referiu.

Ao encerrar sua fala, a palestrante falou sobre a semente, que segundo ela, é o princípio original, a quinta essência. “O mais indicado é escolher as sementes orgânicas e não tratadas com fungicidas”, orientou.

Ao responder as perguntas, a palestrante informou que o alho é um excelente inseticida para pulverizar as plantas e combater o pulgão. No debate, o mediador da live também alertou que o uso indisciplinado de chás sem conhecimento de suas propriedades pode ser prejudicial à saúde.

Saiba mais sobre os participantes

Ingrid Bergman Inchausti de Barros, é Doutora em Agronomia pela Universidade de São Paulo e professora aposentada da UFRGS.

Cesar Paulo Simionato possui graduação em Medicina e especialização em Saúde Pública pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é servidor técnico-administrativo da UFSC, atuando como médico no Hospital Universitário (HU-UFSC).

 

Veja alguns dos comentários do chat durante a Live:

Sônia Mara Ogiba – “Muito bom começar com  toda essa sensibilidade em relação à natureza”.

Sônia Mara Ogiba – “Parabéns professora Ingrid, muito bom lhe ouvir, muitas dicas e muita sabedoria em sua fala”.

Vera Lucia Ribeiro – “​PENA QUE PASSOU TÃO RÁPIDO”

Graciela Quijano – “​Muito obrigada pelos ricos ensinamentos. Grande abraço!”

Karine Louise dos Santos – “​Exercício de observação e sensibilidade para o cultivo! Quiçá, pudéssemos fazer mais desse exercício na nossa agricultura!”

Karine Louise dos Santos – “​Parabéns!”

Zilá Mesquita –  “AGRADEÇO, PROFESSORES.”

Marilene Schmarczek – ​“Muito bons esclarecimentos! Agradecida”

Assista a Live aqui: YouTubeFacebook ADUFRGS-Sindical

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