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Sexta-feira, 08 de fevereiro de 2019

Evento permite a troca de experiências, avaliações e articulação de ações conjuntas das escolas e unidades de educação infantil de todo o país.

A profissionalização do corpo docente, investimentos em estrutura e remuneração, e a valorização do trabalho das professoras e professores das Escolas de Aplicação e Unidades de Educação Infantil vinculadas às universidades federais foram alguns dos temas comuns apresentados durante a abertura do Encontro Nacional de Educação Infantil do PROIFES-Federação, nesta quarta-feira, 6, e desenvolvidos no segundo dia do evento, que tem duração até a sexta-feira, 8, na sede do ADUFSCar-Sindicato, em São Carlos (SP).

A invibilização da educação infantil nas universidades, os ataques à carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e a necessidade de desenvolver e ampliar os espaços desta etapa da educação básica no Brasil tornam este Encontro um espaço essencial para a troca de experiências, avaliações e articulação de ações conjuntas das escolas e unidades de educação infantil de todo o país”, afirmou o presidente do PROIFES-Federação, Nilton Brandão (SINDIEDUTEC-Sindicato).

Na abertura do evento, na noite de quarta-feira, a palestra A importância da formação dos professores da infância, de Marilene Raupp, da Universidade Federal de Santa Catarina, mediada por Matilde Alzeni (ADUFSCar), após a falas da mesa de abertura, que contou com saudações iniciais do presidente do ADUFSCar-Sindicato, Amarílio Ferreira, da diretora da creche UAC, Mara Morassuti, o diretor de relações internacionais do PROIFES e Coordenador do GT Educação do PROIFES, Gil Vicente (ADUFSCar-Sindicato), o pró-reitor de gradução da UFSCAR, Ademir Donizeti Caldeira, além de Brandão.

A creche é um espaço de direito das crianças”, afirmou Viviane Cancian, presidente da Associação Nacional das Unidades Universitárias Federais de Educação Infantil, ao apresentar sua palestra Educação Infantil nas Universidades: desafios e perspectivas, abrindo o segundo dia do Encontro. “Temos uma luta polítia, de reconhecimento da carreira, e da constituição das unidades de educação infantil em espaços de ensino, pesquisa e extensão”, explicou Cancian.

Na sequência, o presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes das Escolas de Educação Básica das Instituições Federais de Ensino Superior (CONDICAp), Walter Silva Junior, que destacou a necessidade de “união das forças, de todos os colégios de aplicação, para aumentarmos nosso poder de negociação, nas universidades e com o governo federal”.

A tarde foi dedicada a rodas de conversas, nas quais representantes de sete diferentes escolas de aplicação e undidades de educação infantil compartilharam experiências, dados e situações locais.

“Apesar das diferenças regionais e especificidades de cada uma das unidades, alguns desafios comuns foram apresentados, tais como: não realização do controle de ponto, carga horária, ampliação da dotação orçamentária, questões relativas ao espaço físico e codições de trabalho, necessidade de novos concursos para EBTT e aumento da representatividade nos órgãos deliberativos das universidades e instâncias governamentais”, afirmou Thais Madeira,
 diretora de EBTT do ADUFSCar-Sindicato.

EBTT e Educação Infantil

O PROIFES-Federação é a entidade representante dos professores e professoras da carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), na qual estão inclusos os docentes das  escolas de aplicação, que são escolas de ensino básico ligadas a instituições de ensino superior, e também das unidades de educação infantil pertencentes às universidades.

Os Colégios de Aplicação foram criados pelo Decreto Federal nº 9053 de 1946, com a função específica de ser um tipo de Estabelecimento de Ensino em que os próprios alunos dos Cursos de Licenciatura fizessem a aplicação, numa situação real de ensino-aprendizagem dos conhecimentos técnicos adquiridos no seu Curso de Graduação, servindo também de Campo de experimentação pedagógica para renovação e melhoria do ensino Fundamental e Médio.

A resolução número 1 de março de 2011 regulamentou as unidades de educação infantil, e em 2013 os Colégios de Aplicação foram estabelecidos pela Portaria 959 como unidades de educação básica mantidas e administradas pelas universidades federais e que têm como finalidade desenvolver, de forma indissociável, atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas para a inovação pedagógica e para a formação docente na Educação Básica. Atualmente existem 17 escolas de aplicação vinculadas à universidades federais e 11 unidades de educação básica vinculadas às IFEs, envolvendo mais de 12 mil alunos e cerca de 1.5 mil docentes das escolas de aplicação e unidades de educação infantil.

O Encontro de Educação Infantil do PROIFES-Federação segue ao longo desta sexta-feira, 8, com palestras, debates, e plenária de encerramento, com transmissão ao vivo pelo Facebook do PROIFES-Federação.
 

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