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Quarta-feira, 22 de abril de 2020

População pode acessar site para entender a complexidade da pandemia em sua realidade local.

Pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da UFRGS desenvolveram um site em que é possível simular a progressão da Covid-19. Permitir que o usuário ajuste os parâmetros – inclusive as intervenções que podem ser adotadas no combate à pandemia – e possa perceber a influência dessas variáveis no número de casos, por exemplo, é o diferencial da ferramenta.

“O grupo já estava trabalhando com a ideia de fazer projeções sobre o coronavírus, mas o resultado dessas simulações variava bastante dependendo dos parâmetros escolhidos. Os modelos podem levar a combinações diferentes desses parâmetros, e a limitação que temos nos dados dificulta ainda mais as estimativas relativas à doença. Assim, uma das ideias do simulador é permitir que o usuário interaja com essas questões e entenda um pouco da complexidade e da incerteza associadas a essas projeções”, explica a professora do IME, Gabriela Cybis, que é a coordenadora da equipe criadora do simulador.

O usuário pode escolher diferentes estratégias de intervenção e verificar como cada uma delas influencia nas projeções. “O que aconteceria se tivéssemos uma vacina? O que aconteceria se escolhêssemos uma estratégia intermitente de tempos de restrição de contatos e tempos de normalidade?”, exemplifica Gabriela. Na ferramenta também é possível fazer a análise do curso da epidemia em um determinado local de interesse e entender como ela é diferente de outras regiões.

Como funciona a plataforma do simulador

O site é formado por 4 abas: simulador, Covid-19, sobre e quem somos. A interatividade ocorre através de gráficos, que podem ter o zoom aumentado para visualizar as dinâmicas em detalhe, o que facilita o entendimento do usuário. 

Na aba “Simulador”, é possível explorar diferentes parâmetros que comandam a progressão de uma epidemia viral como, por exemplo, a fração dos infectados detectados pelo sistema de saúde e a taxa reprodutiva básica. 
Os dados da epidemia podem ser ajustados com os números reais de um estado brasileiro ou de um país na seção “Covid-19”. Isso possibilita verificar as projeções para cenários diversos conforme os dados de diferentes regiões.

Na parte do “Sobre”, estão disponíveis explicações sobre o modelo, como as definições de cada parâmetro e de cada intervenção possível.

Por fim, o aplicativo disponibiliza os contatos dos integrantes da equipe que o desenvolveu, formada por pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Gabriela Cybis é coordenadora do grupo, que conta com Diego Eckhard e Marcio Valk, ambos professores do IME, Felipe Pinheiro, aluno de mestrado, e Mariana Garcia, aluna da graduação em Estatística.

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