A ADUFRGS-Sindical entende ser uma irresponsabilidade a volta às aulas presenciais neste quadro de agravamento da Covid-19 no país.
No momento em que se observa, por monitoramento dos dados, piora no quadro epidemiológico em relação à COVID-19 no país, quando ainda não existe previsão para o inicio da vacinação, o governo edita portaria que determina retorno presencial às aulas a partir de janeiro de 2021. A ADUFRGS -Sindical repudia esta medida, por entender que fere os princípios de biossegurança, já que não se fundamenta em estudos produzidos para esta situação, e por representar mais um ataque à autonomia universitária, interferindo claramente no planejamento do calendário acadêmico e nas atividades letivas das IFES.
Mais uma vez o governo, de maneira irresponsável, ignora os dados epidemiológicos, impondo sua visão negacionista da pandemia, insistindo em práticas que apontam e reforçam a necropolítica que vem protagonizando, promovendo a circulação do vírus, contribuindo para o verdadeiro genocídio que temos assistido. Os dados apontam para mais de 173 mil mortos pela COVID-19, e continua a cruzada governamental de ataque a medidas fundamentais como uso de máscara, distanciamento físico e social, não aglomeração em igrejas, cultos e áreas de lazer, e agora, aulas presenciais nas universidades federais. De maneira inaceitável, observa-se a defesa ferrenha das atividades econômicas e dos bens de capital, ficando a preservação da vida, principalmente das populações mais vulneráveis, desprotegida de atenção.
A ADUFRGS-Sindical entende ser uma irresponsabilidade a volta às aulas presenciais neste quadro de agravamento da covid-19 no país, tendo em vista que as universidades estão inseridas nesta realidade descrita, acrescido do contingente de docentes, técnicos administrativos e alunos que circularia pelas cidades, agravando a possibilidade de maior propagação do vírus, principalmente pelo uso do transporte coletivo.
Desse modo, reafirma sua luta em defesa da vida como um todo, em especial das populações em maior vulnerabilidade, e conclama os parceiros para unir forças para a revogação desta portaria.
ADUFRGS-Sindical