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Terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Pesquisa da universidade pública, coordenada por Angela Wyse, foi reconhecida internacionalmente

Mesmo em condições desfavoráveis, com aulas remotas e cerceamento de recursos, a pesquisa nas universidades públicas e institutos federais não parou. Ao contrário, tem se intensificado e atuado em diversas áreas do conhecimento, obtendo reconhecimento internacional.

É o caso da UFRGS, que teve uma de suas docentes, a professora de Bioquímica Angela Wyse (ICBS) entre as vencedoras do prêmio Cientista do Ano 2020, concedido pela International Achievements Research Center (Iarc), na área Ciências Médicas e da Saúde/Ciências da Saúde. Ela é a única brasileira a figurar na lista.

Os candidatos foram avaliados por especialistas internacionais e por um comitê julgador que utilizou como critério de seleção as contribuições significativas e originais para a pesquisa básica e/ou aplicada na sua área de atuação, número de publicações e/ou patentes emitidas, impacto de citação, orientações, registros de gerenciamento de sucesso, participação em congressos e projetos científicos, liderança na academia ou indústria e prêmios nacionais e/ou internacionais recentes.
A pesquisa premiada demonstrou que a homocisteína, um aminoácido acumulado na homocistinúria, é conhecido por ser um fator de risco para isquemia e doenças neurodegenerativas, causa danos cerebrais e cardíacos ao afetar o metabolismo energético, a atividade Na+, K+ -ATPase e a excitoxicidade neural. 

O grupo de pesquisa liderado por Angela Wise desenvolveu um modelo experimental bem aceito de hiper-homocisteinemia que tem sido empregado para realizar estudos bioquímicos e comportamentais relevantes para desvendar a neurotoxicidade da homocisteína. 

Esses estudos também estabeleceram a base para a compreensão dos danos aos lipídios e ao DNA encontrados em pacientes homocistinúricos, e seus resultados são de grande potencial para melhorar a prática médica, uma vez que abriram novas perspectivas para estudos pré-clínicos e clínicos a fim de tratar a condição hiper-homocisteinêmica. 
 

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