Servidores foram exonerados sem qualquer transição e não existe previsão de quando uma nova equipe será formada.
Em mais uma ação surpresa do governo Bolsonaro, agora o Ministro da Educação anunciou o desmonte da Assessoria Estratégica de Evidências, que cuidava da avaliação do Programa de Educação em Tempo Integral. A iniciativa pode ser uma manobra para eliminar as temáticas de direitos humanos, educação étnico-racial e a própria palavra diversidades. Segundo reportagem publicada no Jornal O Globo, “todos os servidores que compunham essa assessoria foram exonerados de suas funções, sem que houvesse qualquer transição das ações em andamento para uma eventual nova equipe, o que coloca em xeque os projetos desenvolvidos”. Não existe previsão de quando será formado um novo grupo para cuidar da área, apenas a constatação de que as exonerações “abrirão espaço para Vélez alocar seus indicados mais próximos”, uma vez que a Assessoria “é diretamente ligada ao gabinete”. Montada em meados do ano passado, a equipe tinha a função de avaliar os resultados do programa de ensino médio de tempo integral.
A reportagem destaca, ainda, que 16 estados já aderiram ao programa federal, contemplando em torno de 465 mil matrículas, segundo dados do MEC, com repasses de R$ 2 mil por aluno ao ano. As escolas, por sua vez, têm que ampliar a carga horária, usando parte do tempo extra obrigatoriamente para conteúdo de Língua Portuguesa e Matemática. Além disso, precisam trabalhar com o currículo flexível, regra implantada pela reforma do ensino médio aprovada no governo Temer, em 2017.