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Quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Crítico de um suposto aparelhamento de esquerda das instituições, o presidente deve nomear 11 reitores em seu primeiro ano de mandato .

Portal Brasil  247 

Pela primeira vez em 22 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve ignorar a decisão da maioria do votantes na lista tríplice para a escolha do reitor de uma universidade federal e indicar o menos votado para o cargo. O motivo: Fábio Fonseca, primeiro colocado na disputa para a reitoria da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), já havia sido filiado ao PT e ao PSOL.

"A nomeação do dirigente da UFTM tem sido aguardada no meio acadêmico por ser tida como um prenúncio de qual será a relação de Bolsonaro com as universidades. Crítico de um suposto aparelhamento de esquerda das instituições, o presidente deve nomear 11 reitores em seu primeiro ano de mandato", adianta a reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira (22).

Fonseca foi filiado ao PT dos anos 1990 até 2005 e ao PSOL de 2007 a julho do ano passado, quando se desfiliou após a eleição interna na UFTM.

Procurado, ele afirmou que a nomeação do segundo colocado romperia princípios democráticos relevantes.

"O que determinará a nomeação? Ser ou ter sido filiado a um partido político? Ter uma proposta de gestão da universidade transparente, ética, democrática e eficiente em termos de administração dos recursos públicos, de trabalho intenso pelo desenvolvimento científico e tecnológico, e pela inclusão social? Esperamos que o governo Bolsonaro nomeie o primeiro colocado na lista tríplice. Seria o respeito à democracia, à transparência e à moralidade administrativa", disse Fonseca.

 

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