Débora Garofalo concorre ao 'Global Teacher Prize' 2019, o 'Nobel da Educação', que tem prêmio de US$ 1 milhão; vencedor sai em março, nos Emirados Árabes.
Por Fabrício Vitorino, G1
Com seu projeto ‘Robótica com Sucata’, que já ajudou a tirar mais de 1 tonelada de lixo das ruas de São Paulo, Débora Garofalo foi selecionada entre mais de 10 mil candidatos do mundo inteiro e está entre os 10 melhores professores do mundo. Agora, a professora de Língua Portuguesa, que ensina tecnologia numa área carente da capital paulista, vai representar o país no 'Global Teacher Prize' 2019, o 'Nobel da Educação', que tem prêmio de US$ 1 milhão.
Em entrevista ao G1 por telefone, Débora conta que ficou muito emocionada com a indicação e que já tem planos para a “pequena fortuna”, caso seja a vencedora: reinvestir o dinheiro e levar a robótica para outros cantos do país. “Já fico imaginando uma comunidade ribeirinha de Manaus recebendo o laboratório e podendo vivenciar essa aprendizagem”, diz, parecendo ainda não acreditar na indicação.
A professora, que trabalha com crianças entre 6 e 14 anos, já conta com uma carreira premiada: foi “professor destaque” pela Secretaria Municipal de Educação SP em 2018 e vencedora na temática “Especial”, do Prêmio Professores do Brasil, também em 2018.
Sua metodologia foi incluída nas diretrizes de formação do CIEB (Centro de Inovação para Educação Brasileira) e virou referência para professores de todo o país. Débora também foi finalista de Aprendizagem Criativa da Fundação Lemann/MIT Media Lab e do Prêmio Claudia na categoria “políticas públicas”.
No meio disso tudo, Débora ainda encontra tempo para terminar um mestrado e dar palestras e treinamentos por todo o Brasil. Mas a indicação ao “Global Teacher Prize” trouxe ainda mais reconhecimento. “Depois da indicação, sem dúvida a visibilidade aumentou muito! Vejo secretarias de educação querendo que eu vá fazer a formação docente. E eu acredito que esse é o caminho. O professor também precisa ser despertado para essa aprendizagem”.