"Se a gente não passar (a reforma da Previdência) vamos para um estágio de estresse", disse Abraham Weintrab durante audiência na Comissão de Educação do Senado Federal
Fonte: Revista Fórum
Em meio à polêmica do corte de orçamento de todas as universidades federais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reafirmou nesta terça-feira (7) durante audiência na Comissão de Educação do Senado Federal que não houve corte de recursos, mas contingenciamento. Na audiência ele condicionou a volta dos recursos à aprovação da Reforma da Previdência.
“Se a economia recuperar com a aprovação da Previdência, a gente descontigencia”, disse o ministro. “Se a gente não passar vamos para um estágio de estresse”, justificou. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) rebateu e chamou de “chantagem” estratégia do governo nesse sentido.
Weintraub ressaltou, no entanto, que pretende discutir o tema de contigenciamento “de peito aberto” com o Congresso e que o MEC não “quer impor nada a ninguém”. Para ele, o modelo educacional aplicado no país deu errado e é necessário debater outras alternativas.
“O diálogo tem que ser feito com base em números, dados e premissas racionais. Que a gente se livre um pouco dos preconceitos”, comentou.
Em resposta a questionamento do senador Confúcio Moura (MDB-RO), se ele estaria em condições para conduzir o MEC, Weintraub disse que seu currículo está “bem acima da média dos últimos 15 ministros que passaram por lá. Eu poderia ter entrado na USP aos 14 anos.”
Weintraub também disse que a sugestão de reduzir investimentos na área de Humanas e direcioná-los a disciplinas de Exatas ou Biologia, como engenharia e medicina, é baseada em números e critérios técnicos. Segundo ele, apenas 13% da produção na área de Ciências Sociais Aplicadas, Humanas e Linguística têm impacto científico.
Metas do MEC
Entre as metas apresentadas pelo ministro, estão: